terça-feira, 15 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
O TGV Só de Passageiros e Para Madrid - Um Grave Erro Estratégico a Evitar!
Tem sido, pois, uma enorme FALÁCIA querer convencer os portugueses de que a construção da linha do TGV Lisboa - Madrid nos irá ligar à Europa, pois, pelo tempo de percurso, tal só nos ligará mesmo é, quando muito, à centralidade espanhola de Madrid, já que para qualquer outra cidade ou capital Além - Pirenéus, face à distância e ao tempo de viagem, o avião é o meio de transporte mais competitivo !
António Garcia Pereira
Ler o artigo completo em PDF
http://garciapereira2009.blogspot.com/
Nota: Texto publicado com a devida autorização do autor.
António Garcia Pereira
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http://garciapereira2009.blogspot.com/
Nota: Texto publicado com a devida autorização do autor.
Etiquetas: Bitola, Garcia Pereira, TGV
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Linha do Douro: que futuro?
«O troço entre Caíde e Barca D'Alva representa 77 por cento do total da extensão da linha, configurando, por isso, um cenário privilegiado para a introdução a médio prazo da bitola europeia, o que, aliado ao Porto de Leixões e a um porto fluvial no Pocinho a construir, representaria um importante eixo ferroviário, quer de passageiros, quer de mercadorias, para o Norte de Portugal, o qual poderia ainda estar ligado às Beiras via Vila Franca das Naves.»
Alberto Aroso
in Público de 6-12-2009
Ler artigo completo aqui. (PDF)
Alberto Aroso
in Público de 6-12-2009
Ler artigo completo aqui. (PDF)
Etiquetas: Alberto Aros, Bitola, Clip, Leixões, Linha de Leixões, linha do Douro, Mercadorias, Salamanca
Erros Estratégicos na Nova Rede Ferroviária
O Governo está a cometer um erro estratégico ao propor uma rede que não vai permitir transportar directamente os contentores do nosso território e portos para à U.E.
O nosso país ficará mais isolado e menos competitivo.
Ler aqui (PDF)
Rui Rodrigues
Informação relacionada:
Plan Transporte de Mercancías da ADIF (video)
Fomento cambiará 12.000 kilómetros de vías de tren para abrirse a Europa
O nosso país ficará mais isolado e menos competitivo.
Ler aqui (PDF)
Rui Rodrigues
Informação relacionada:
Plan Transporte de Mercancías da ADIF (video)
Fomento cambiará 12.000 kilómetros de vías de tren para abrirse a Europa
Etiquetas: Aeroporto, Alta Velocidade, Mercadorias, Porto de Lisboa, RAVE, Rui Rodrigues, Sines, TGV
sábado, 5 de dezembro de 2009
Não se corrigindo os erros, Portugal vai perder competitividade
No início de Novembro de 2009, o novo Governo apresentou o seu programa no Parlamento. Iremos analisar alguns pontos sobre transportes, assunto que se inicia na página 22 do referido documento.
Sobre o Portugal Logístico é dito "concluir a ambiciosa rede de plataformas logísticas concebida e lançada pelo XVII Governo Constitucional; ii) promover a localização das actividades produtivas junto das infra-estruturas do Portugal Logístico, como forma de valorização, e ordenamento do território; iii) criar a Janela Única Logística, na lógica de modernização e simplificação de procedimentos da Janela Única Portuária, derrubando as barreiras existentes entre os portos e os seus stakeholders".
No sector aeroportuário, o Governo pretende avançar com a construção do novo aeroporto de Lisboa, além de melhorar as infra-estruturas existentes.
Relativamente à ferrovia pretende-se "Afirmar o transporte ferroviário como o transporte terrestre de excelência, mais rápido, mais cómodo e mais seguro, aumentando a sua quota de mercado em 20% para o segmento das mercadorias e em 10% para os passageiros". Mais adiante é dito "Concretizar a Rede Ferroviária de Alta Velocidade, ligando Portugal à Europa e dando coesão ao eixo económico Corunha–Setúbal, concretizando as linhas Porto-Vigo e Lisboa-Madrid até 2013 e a linha Lisboa-Porto até 2015.
No sector rodoviário “Prosseguir a concretização do Plano Rodoviário Nacional e concluir a rede de auto-estradas, nomeadamente das ligações a Bragança, entre Coimbra e Viseu e entre Sines e Beja;"
PRIORIDADES A DEFINIR
A fonte de energia com maior peso nas importações nacionais é o petróleo e o sector de actividade com maior consumo é o dos transportes, devido ao modo rodoviário.
A maior prioridade do investimento das obras públicas deveria ser dirigida para a futura rede ferroviária de bitola (distância entre carris) europeia de passageiros e mercadorias, para permitir o transporte de contentores de e para a U.E. e para o modo marítimo, porque são os que consomem menor energia.
Infelizmente, o Governo pretende investir milhares de milhões de euros, em mais auto-estradas e num novo aeroporto de Lisboa, estando o actual muito longe da saturação e, mais grave, quando a TAP está numa situação económica muito débil devido aos elevados prejuízos do ano de 2008.
Evidentemente que a prioridade, nos próximos tempos, passa por reestruturar a TAP, de modo a que esta empresa possa competir no mercado internacional. Caso contrário, Portugal arrisca-se a gastar milhares de milhões de euros numa nova infra-estrutura aeroportuária, que depois não teria utilização por parte da companhia aérea nacional de aviação.
Dadas as limitações económicas do nosso País, os investimentos nas auto-estradas e novo aeroporto, deveriam ser adiados de modo a permitir a aposta na ferrovia.
No modo ferroviário, o Governo vai cometer um grave erro estratégico, pois, pretende apostar no transporte de mercadorias, em bitola ibérica, o que vai impedir a livre circulação de contentores de e para a U.E. obrigando a transbordos que farão disparar o custo de transporte, por contentor, devido à diferença de bitola com a rede europeia.
Convém lembrar que a nova linha Lisboa-Porto, em bitola europeia, é exclusiva para passageiros e os portos só se ligam à actual rede de bitola ibérica.
Estas propostas podem ser confirmadas nos projectos da RAVE, empresa que estuda a nova rede ferroviária. Tais decisões vão ter graves consequências económicas, que poderão ser visualizadas através de um facto que se verificou recentemente e que exemplificaremos a seguir.
CONSEQUÊNCIAS DA PERDA DE COMPETITIVIDADE
Quando as bombas de gasolina portuguesas passaram a cobrar preços muito mais caros que as espanholas, 25 a 35 cêntimos por litro, ocorreu o seguinte fenómeno num raio de 60 Km desde a fronteira: as bombas de gasolina portuguesas perderam grande parte dos clientes e a maioria teve que fechar e o pessoal foi despedido.
No lado espanhol, houve um grande aumento de clientes portugueses, incrementando as vendas de combustíveis. Uma empresa portuguesa, a Galp, até investiu e comprou bombas de gasolina em Espanha, donde resultaram prejuízos substanciais para Portugal, devido á perda de competitividade, com as seguintes consequências:
1. Perda de receitas fiscais para o Estado português, em milhões de euros.
2. Desemprego no território nacional, junto à fronteira.
3. Importação de combustíveis vindos de Espanha.
4. Investimento de empresas portuguesas, no país vizinho, para explorar o negócio dos combustíveis.
O que ocorreu com o negócio dos combustíveis, como já foi referido, verificou-se, sobretudo num raio de 60 Km da fronteira. Relativamente ao transporte de contentores de e para a U.E. a situação será ainda muito mais grave porque todo o território nacional vai ser afectado se, em Portugal, não existir nenhuma linha de bitola europeia que permita a livre circulação de contentores. Será o isolamento ferroviário
O nosso país ficará dependente do transbordo de contentores, que é uma operação que faz disparar os custos e onde se perde uma hora ou mais, por comboio.
A nossa economia ficará menos competitiva e os nossos portos também, porque serão preteridos relativamente aos portos espanhóis. Muitas empresas até poderão sair do País de modo a reduzirem os custos do transporte.
Rui Rodrigues
Sobre o Portugal Logístico é dito "concluir a ambiciosa rede de plataformas logísticas concebida e lançada pelo XVII Governo Constitucional; ii) promover a localização das actividades produtivas junto das infra-estruturas do Portugal Logístico, como forma de valorização, e ordenamento do território; iii) criar a Janela Única Logística, na lógica de modernização e simplificação de procedimentos da Janela Única Portuária, derrubando as barreiras existentes entre os portos e os seus stakeholders".
No sector aeroportuário, o Governo pretende avançar com a construção do novo aeroporto de Lisboa, além de melhorar as infra-estruturas existentes.
Relativamente à ferrovia pretende-se "Afirmar o transporte ferroviário como o transporte terrestre de excelência, mais rápido, mais cómodo e mais seguro, aumentando a sua quota de mercado em 20% para o segmento das mercadorias e em 10% para os passageiros". Mais adiante é dito "Concretizar a Rede Ferroviária de Alta Velocidade, ligando Portugal à Europa e dando coesão ao eixo económico Corunha–Setúbal, concretizando as linhas Porto-Vigo e Lisboa-Madrid até 2013 e a linha Lisboa-Porto até 2015.
No sector rodoviário “Prosseguir a concretização do Plano Rodoviário Nacional e concluir a rede de auto-estradas, nomeadamente das ligações a Bragança, entre Coimbra e Viseu e entre Sines e Beja;"
PRIORIDADES A DEFINIR
A fonte de energia com maior peso nas importações nacionais é o petróleo e o sector de actividade com maior consumo é o dos transportes, devido ao modo rodoviário.
A maior prioridade do investimento das obras públicas deveria ser dirigida para a futura rede ferroviária de bitola (distância entre carris) europeia de passageiros e mercadorias, para permitir o transporte de contentores de e para a U.E. e para o modo marítimo, porque são os que consomem menor energia.
Infelizmente, o Governo pretende investir milhares de milhões de euros, em mais auto-estradas e num novo aeroporto de Lisboa, estando o actual muito longe da saturação e, mais grave, quando a TAP está numa situação económica muito débil devido aos elevados prejuízos do ano de 2008.
Evidentemente que a prioridade, nos próximos tempos, passa por reestruturar a TAP, de modo a que esta empresa possa competir no mercado internacional. Caso contrário, Portugal arrisca-se a gastar milhares de milhões de euros numa nova infra-estrutura aeroportuária, que depois não teria utilização por parte da companhia aérea nacional de aviação.
Dadas as limitações económicas do nosso País, os investimentos nas auto-estradas e novo aeroporto, deveriam ser adiados de modo a permitir a aposta na ferrovia.
No modo ferroviário, o Governo vai cometer um grave erro estratégico, pois, pretende apostar no transporte de mercadorias, em bitola ibérica, o que vai impedir a livre circulação de contentores de e para a U.E. obrigando a transbordos que farão disparar o custo de transporte, por contentor, devido à diferença de bitola com a rede europeia.
Convém lembrar que a nova linha Lisboa-Porto, em bitola europeia, é exclusiva para passageiros e os portos só se ligam à actual rede de bitola ibérica.
Estas propostas podem ser confirmadas nos projectos da RAVE, empresa que estuda a nova rede ferroviária. Tais decisões vão ter graves consequências económicas, que poderão ser visualizadas através de um facto que se verificou recentemente e que exemplificaremos a seguir.
CONSEQUÊNCIAS DA PERDA DE COMPETITIVIDADE
Quando as bombas de gasolina portuguesas passaram a cobrar preços muito mais caros que as espanholas, 25 a 35 cêntimos por litro, ocorreu o seguinte fenómeno num raio de 60 Km desde a fronteira: as bombas de gasolina portuguesas perderam grande parte dos clientes e a maioria teve que fechar e o pessoal foi despedido.
No lado espanhol, houve um grande aumento de clientes portugueses, incrementando as vendas de combustíveis. Uma empresa portuguesa, a Galp, até investiu e comprou bombas de gasolina em Espanha, donde resultaram prejuízos substanciais para Portugal, devido á perda de competitividade, com as seguintes consequências:
1. Perda de receitas fiscais para o Estado português, em milhões de euros.
2. Desemprego no território nacional, junto à fronteira.
3. Importação de combustíveis vindos de Espanha.
4. Investimento de empresas portuguesas, no país vizinho, para explorar o negócio dos combustíveis.
O que ocorreu com o negócio dos combustíveis, como já foi referido, verificou-se, sobretudo num raio de 60 Km da fronteira. Relativamente ao transporte de contentores de e para a U.E. a situação será ainda muito mais grave porque todo o território nacional vai ser afectado se, em Portugal, não existir nenhuma linha de bitola europeia que permita a livre circulação de contentores. Será o isolamento ferroviário
O nosso país ficará dependente do transbordo de contentores, que é uma operação que faz disparar os custos e onde se perde uma hora ou mais, por comboio.
A nossa economia ficará menos competitiva e os nossos portos também, porque serão preteridos relativamente aos portos espanhóis. Muitas empresas até poderão sair do País de modo a reduzirem os custos do transporte.
Rui Rodrigues
Etiquetas: Ferrovia, Leixões, Linha do Norte, Logística, Mercadorias, Portela, Porto, Porto de Lisboa, Portos, Rui Rodrigues